O litoral recortado de Santa Catarina e de sua maior ilha, Florianópolis, proporciona – e muito – a prática do surf com todos os tipos de ondulações e ventos.
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Entrou o swell, é só escolher. Morando na ilha há algum tempo, ainda me sinto turistão frente à grande quantidade de praias.
No último swell, no qual os gráficos marcavam ondas acima dos 3 metros, resolvi sacrificar picos que sabia que estariam funcionando com bom tamanho pra conhecer as praias do Norte da ilha – que quebram pouquíssimas vezes por ano.
Point breaks lindos, porém muito inconstantes, precisam de muito swell para que quebrem ao menos com meio metro. No dia anterior ao swell, ouvia várias histórias. Eram bancadas a milhas de distância que quebrariam, nego se preparando pra buscar os picos de tow-in, tubos insanos rodando aqui e ali. Bom, pensei, vou ear de fish nos points breaks.
Às 4:10 da matina já estava bolando na cama, parecendo um “pirraio” na primeira surf trip. A chuva torrencial com trovoadas e relâmpagos quase me fazem desistir, mas mesmo assim, fui. Caímos na água por volta das 6 da manhã – eu, meus filhos, Pedro Husadel e Rafael Simões, da fábrica de pranchas Skull. Se os picos quebram raramente, imaginem o crowd de prontidão?!
Quando remamos pro line-up, já havia quatro cabeças no mar. Com mais cinco minutos, mais umas seis cabeças, com mais dez, já tinha 30 na água. O pior era que as séries demoravam bastante. Completado o cenário, a maré estava no talo da cheia.
Os surfistas locais já estavam emburrados, com razão, reclamavam a toda hora. Mas, todos os “forasteiros” fizeram uma fila e deu pra pegar algumas ondas. De fato não estava especial e saímos pra analisar melhor, tentar ir pra outro pico ou esperar pela maré vazia. Enquanto tomavamos café, decidimos olhar outros points por perto. Achamos outra direita, que menor, parecia mais extensa.
“E aí, galera. Vamos atrás das ondas do continente que realmente estarão boas ou vamos dar outra quedinha aqui mesmo" data-r4ad-mobile>